Os estudantes do 1º ano Novotec se prepararam para os festejos de Halloween deste ano escrevendo contos de terror de arrepiar. Confira abaixo a produção do aluno Rafael Gonçalves.
Era uma tarde nublada de outubro, e eu pensava que eu finalmente estava em paz, uma féria prolongada de um trabalho estressante como o meu sendo aproveitada da melhor forma possível, sem fazer nada o dia todo, estava tudo perfeito, e isso era o meu maiopr tormento. Vindo de uma família humilde, que morava perto da cidade, minha cabeça sempre esteve ocupada admirando as belezas do mundo moderno, os mais imensos prédios, a fumaça que saiam de todos os lugares possíveis, o som alto da revolução tecnológica, tudo me facinava. Cresci assim, trabalhando em meio as ruas, acostumado com a movimentação e o barulho sem fim das buzinas, e derrepente ali estava eu, em meio ao campo, afastado de todos, teoricamente só.
Refletindo sobre isso, sinto um olhar malígno vindo de longe, tentei ignorar, porém quanto mais ignorava, pior ficava, olhei para trás e não vi nada além de um vasto vazio dos campos do interior, voltei meu olhar a televisão novamente, entretanto aquela sensação ainda me provocava. Continuei sem demonstrar medo, até que em instinto eu me viro para olhar para trás, novamente não havia nada. Por precaução, fechei as cortinas da janela da sala de estar, e quando tomo meu lugar na poltrona novamente, ouço algo na cozinha.
Com a brisa forte das janelas da cozinha batendo em meu rosto, descubro um copo em estilhaços no chão, não pensei em nada, além fechar a porta lentamente e sair de lá o mais rápido possível para procurar um local seguro para eu ficar, e então eu o fiz. Fiquei trancado naquele armário por quase uma hora, e os sons da chuva não paravam, tal qual o barulho estrondante dos objetos da cozinha caindo, até que decido tomar coragem e sair do tal esconderijo.
Estava confiante que eu conseguiria parar o indivíduo que aqui entrara, até ver a porta que eu havia fechado escancarada. Naquele momento meu coração acelerou como nunca antes, um frio na espinha viajou por toda a minbha estrutura, e eu fiquei paralisado em frente a aquela cena. Mas eu não podia ficar ali, corri o mais depressa possível para o andar de cima, e sem pensar duas vezes, fechei a porta do meu quarto, porém o medo me consumiu quando ouvi os mesmos sons da cozinha naquele local.
Não havia mais escolha, não poderia fugir sem ser pego pela criatura que invadiu a minha casa, e quando ouvi a porta do meu quarto a se debater, sem hesitar pulei pela janela. Minha última lembrança foi de uma luz forte batendo em meu rosto, quando um homem mascarado chega ao meu lado, dizendo: "31 de Outubro, às 01:43. Causa do Óbito... Ataque de Pânico."
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